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Tipo do documento: Tese
Título: Interseccionalidade de gênero, raça e classe na formação médica: desafios de inclusão e cuidados a grupos vulneráveis
Título(s) alternativo(s): Intersectionality of gender, race, and class in medical education: challenges of inclusion and care for vulnerable groups
Autor: Oliveira, Márcia Farsura de 
Orientador: Chacham, Alessandra Sampaio
Primeiro membro da banca: Gomes, Andréia Patrícia
Segundo membro da banca: Jayme, Juliana Gonzaga
Terceiro membro da banca: Medeiros, Regina de Paula
Quarto membro da banca: Batista, Rodrigo Siqueira
Resumo: O presente estudo tem por objetivo analisar como fatores socioeconômicos e culturais influenciam a formação da identidade profissional de estudantes de Medicina durante a graduação, bem como sua compreensão em relação ao papel profissional e na qualidade do atendimento a pacientes de grupos minoritários ou vulneráveis. Buscou-se descrever o processo de construção de identidade profissional do estudante de Medicina ao longo da graduação. Para tanto, a pesquisa realizada classifica-se como exploratória e transversal, em que foram coletados dados primários, com metodologia quanti-qualitativa. Na primeira fase, foi aplicado questionário survey para 41 graduandos da Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (Fadip) e para 63 acadêmicos da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Na segunda etapa, realizou-se entrevista em profundidade com quinze discentes da Fadip e treze graduandos da UFV, recorrendo-se à amostragem snowball. O survey indicou que a ocupação da mãe influencia a escolha de especialidades médicas, enquanto a ocupação do pai e a raça dos estudantes não. Filhos de mães "donas de casa" preferiram especialidades de alto status. Homens brancos com capital econômico médio tiveram leve vantagem em relação à correspondência entre suas expectativas de mercado e a realidade, embora sem significância estatística. A pesquisa identificou que estudantes de Medicina com maior capital cultural, especialmente influenciados por suas mães, tendem a valorizar a escolha pela carreira médica. Filhos de mães na área da saúde preferem competências sócio-humanistas, enquanto o inverso ocorre com filhos de mães fora desse campo. A pesquisa verificou ainda que estudantes pertencentes a grupos minoritários enfrentam desafios específicos, como barreiras acadêmicas e emocionais. Desse modo, podemos observar como a intersecção de raça, gênero e classe influencia na formação e na escolha de especialidades médicas. Estudantes com maior capital econômico buscam especialidades de alto status, enquanto os outros preferem áreas de menor status. Identificou-se, dessa forma, a importância de uma formação médica que adote uma abordagem interseccional e humanizada, promovendo um cuidado inclusivo na saúde e na educação.
Abstract: The present study aims to analyze how socioeconomic and cultural factors influence the formation of the professional identity of medical students during their undergraduate education, as well as their understanding of the professional role and the quality of care for patients from minority or vulnerable groups. The study sought to describe the process of building the professional identity of medical students throughout their academic journey. The research is classified as exploratory and cross-sectional, with primary data collected using a mixed-methods (quantitative and qualitative) approach. In the first phase, a survey questionnaire was administered to 41 students from the Dinâmica do Vale do Piranga Faculty (FADIP) and 63 students from the Federal University of Viçosa (UFV). In the second phase, in-depth interviews were conducted with 15 students from FADIP and 13 from UFV, using snowball sampling. The survey indicated that the mother's occupation influences the choice of medical specialties, while the father's occupation and the students' race do not. Students whose mothers were "homemakers" preferred high-status specialties. White men with medium economic capital had a slight advantage in terms of matching their market expectations with reality, although without statistical significance. The research identified that medical students with higher cultural capital, particularly influenced by their mothers, tend to value the choice of a medical career. Those whose mothers worked in healthcare preferred socio-humanistic competencies, while the opposite occurred with those whose mothers were in other fields. The study also found that students from minority groups face specific challenges, such as academic and emotional barriers. Thus, it can be observed how the intersection of race, gender, and class influences the formation and choice of medical specialties. Students with greater economic capital pursue high-status specialties, while others prefer lower-status areas. In this way, the importance of medical education adopting an intersectional and humanized approach was identified, promoting inclusive care in both health and education.
Palavras-chave: Classes sociais
Educação médica
Habitus
Identidade médica
Interseccionalidade de gênero, classe e raça
Medicina
Habitus
Intersectionality of gender, class, and race
Medical education
Medical identity
Medicine Social classes
Social classes
Área(s) do conhecimento: Ciências Humanas
Sociologia
Educação
Medicina
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Departamento: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Programa: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Citação: OLIVEIRA, Márcia Farsura de. Interseccionalidade de gênero, raça e classe na formação médica: desafios de inclusão e cuidados a grupos vulneráveis. 2024. 268 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) — Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Orientadora: Alessandra Sampaio Chacham.
Tipo de acesso: openAccess
URI: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/695
Data de publicação: 2024
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