Navegando por Palavra-chave "Interpretação"
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- Artigo de RevistaO apóstolo Paulo e os Epicuristas: perspectivas identitárias em Filipenses 3,2(Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2024) Carvalho, Adriano da SilvaMuitos comentaristas entenderam Filipenses 3,2 como uma clara advertência contra os judaizantes. No entanto, esse versículo admite outras possibilidades interpretativas. E, de fato, alguns intérpretes têm apresentado novas leituras dessa passagem. Por exemplo, certo escritor sugeriu que o apóstolo pudesse ter em mente os filósofos cínicos. Outros pensaram que Paulo estivesse distinguindo três tipos de pessoas. Este artigo visa contribuir com esse debate ao apresentar o ponto de vista de Norman DeWitt, que oferece evidências (indiretas) de que os epicuristas foram um dos principais oponentes de Paulo e do cristianismo. E assume que depois de serem evidenciados certos símbolos e elementos velados na linguagem do autor da epístola, poder-se-á perceber que o epíteto infame em 3,2: “τοὺς κύνας” aponta para os seguidores do filósofo grego Epicuro. Além de Norman DeWitt, buscou-se dialogar com outros autores que tratam do assunto e contribuem para a reflexão desta investigação. Utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica. Como resultado, será enfatizado que o versículo 3,2 de Filipenses está aberto a muitas possibilidades identitárias.
- Artigo de RevistaLendo o Salmo 46 em contextos possíveis: do terremoto à fusão de horizontes(Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2023) Carvalho, Adriano da SilvaA história da interpretação do Salmo 46 tem sido articulada em torno da busca pelo seu contexto. Alguns comentaristas procuraram fixar sua circunstância histórica em certos eventos do passado de Israel como, por exemplo, o sítio do exército de Senaqueribe sobre Judá ou um grande evento geológico como um terremoto. Outros afirmaram que o autor do Salmo não tinha em mente um evento pretérito, mas futuro, ou seja, um tempo de paz e cessação das guerras. Mas essa procura pelo contexto dos dias do autor é realmenteimprescindível para o leitor moderno?A leitura diligente de qualquer texto não deve culminar na fusão do passado com o presente? E, finalmente, os horizontes do leitor não devem ser levados em questão na interpretação de um texto? Esta pesquisa buscará analisar essas perguntas a partir do diálogo com autores como Franz Delitzsch, Hermann Gunkel, Hans Georg Gadamer, G. Heinrich Ewald e Arie Folger; autores que contribuíram para a reflexão desta pesquisa.
- Artigo de RevistaA vírgula na interpretação do texto do Novo Testamento um Estudo de Caso em Efésios 4.12(Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2024) Carvalho, Adriano da SilvaO objetivo deste artigo é investigar a ocorrência da vírgula nos manuscritos gregos do Novo Testamento e discutir o valor desse símbolo gráfico para a interpretação de Efésios 4, 12. Para tanto, recorremos à pesquisa bibliográfica e realizamos uma análise do texto grego do Papiro 46. Procuramos destacar a função da vírgula e, ao mesmo tempo, abordar a seguinte questão-problema: como os primeiros cristãos poderiam entender o texto do Novo Testamento grego sem sinais de pontuação? Ao responder a essa pergunta, enfatizamos que o contexto pode revelar a semântica e o significado de um texto escrito sem sinais de pontuação. O contexto de uma passagem pode ser mais esclarecedor do que os sinais de pontuação. Além disso, não devemos nos esquecer de que, para os primeiros leitores do Novo Testamento grego, o texto escrito era apenas um suporte para o que estava na memória viva.