Estudo de confiabilidade da mobilidade da articulação sacroilíaca através da cinemetria
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Ano de publicação
2013
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Instituição
Centro Universitário Augusto Motta
Resumo
Os testes de mobilidade sacroilíaca são amplamente utilizados na prática clínica dos fisioterapeutas. Entretanto, os achados oriundos da aplicação convencional dos testes não são confiáveis sob o ponto de vista científico. Até o presente momento impera a ausência de uma ferramenta capaz de quantificar e fornecer informações confiáveis a respeito da mobilidade sacroilíaca, sobretudo em indivíduos assintomáticos com pequeno grau de acometimento. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a mobilidade da articulação sacroilíaca através da cinemetria e; verificar aconfiabilidade da cinemetria como ferramenta de mensuração do movimento da articulação sacroilíaca, durante o movimento de flexão da coxa em posição ortostática. Neste estudo transversal foram avaliados 24 sujeitos do sexo masculino hígidos, entre 18 a 35 anos com um índice de massa corporal (IMC) entre 18,1 – 24,9 kg/m2. Através de marcadores colocados em pontos anatômicos da região sacroilíaca e quadril, os sujeitos foram avaliados durante o movimento de flexão do quadril em posição ortostática para verificar a mobilidade e a confiabilidade das medidas da distância de deslocamento da espinha ilíaca póstero-superior em relação ao trocânter maior contralateral. Como instrumento foi utilizado o Qualysis Motion Analysis® para análise do movimento. A investigação da mobilidade aconteceu através de 3 blocos e foram computadas as médias de cada bloco respectivamente. Os dados foram analisados através do índice de correlação intraclasse para verificar a confiabilidade das medidas obtidas pela cinemetria, com um nível de significância de 99% (p=0,01). Os resultados apontaram de moderada a forte correlação entre os blocos. Na articulação sacroilíaca direita, entre Bloco 1 e 2 (x=0,853 p=0,001); bloco1 e 3 (x=0,624 e p=0,001); bloco 2 e 3 (x=0,881 e p=0,0012). Na articulação sacroilíaca esquerda, Bloco 1 e 2 (x=0,731 p=0,001); bloco1 e 3 (x=778 e p=0,0013); bloco 2 e 3 (x=0,835 e p=0,0011). Com esses resultados, o estudo aponta para uma possibilidade da utilização da cinemetria para aferição da mobilidade sacroilíaca na prática fisioterapêutica. Entretanto necessita- se de novos estudos, especialmente a aplicação deste método em sujeitos com disfunção da ASI para consolidar uma possível utilização da cinemetria como processo de avaliação desta articulação.