Encarnando a europeia: Biografias corporais, (i)mobilidades e subjetividades de trabalhadoras do sexo trans e travestis em Lisboa

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OrientadorFerreira, VItor S. C.
Lattes do Orientadorhttp://lattes.cnpq.br/6864711476117100por
AutorPessoa, Emerson R. de A.
Lattes do Autorhttp://lattes.cnpq.br/5972496686101538por
Membro da bancaBento, Berenice
Lattes membro da bancahttp://lattes.cnpq.br/9597756345795906por
Segundo membro da bancaLopes, João Miguel Vaz Teixeira
Terceiro membro da bancaAlmeida, Miguel Vale de
metadataKeys.dc.contributor.referees4Cerejo, Sara Dalila Aguiar
metadataKeys.dc.contributor.referees5Pusseti, Chiara
Data de Acesso2024-06-12T14:16:27Z
Ano de publicação2020por
AbstractThis thesis seeks to understand the construction of corporeal biographies and heritage dispositions of Brazilian trans women and travestis sex workers in mobility to Portugal and/or the European continent. Through comprehensive interviews, and theoretically oriented by a Sociology on an individual and body scale, I analyze the dispositions for body modifications and the production of the Self produced over the life course that pass through different social, geographic and historical contexts. The outcorporation of female gender identity makes visible, from an early age, the normatization dispositives of cisheteronormativity and the representations of abjection associated to the corporalities and subjectivities of the interlocutors. In this sense, I begin by analyzing how the social assumptions of feminine body markers interact with the inequalities of class, family support, racialization and age/generational that impact on the construction of corporeal biographies and the processes of subjectivation. Mobility to Europe is perceived as one of the most crucial turning points in their trajectories, by providing different experiences of sociability in public life and in prostitutional fields. Transnational mobility also changes the individual heritage of dispositions that guide the body projects, reflecting different gender expressions and different sexual practices. Mobility across the European continent collaborates in the construction of sex work strategies that enable the accumulation of economic capital and the attainment of a position of power in the field of sex work. Therefore, physical and geographical transits highlight processes of accumulation and conversion of various capital – i. e. of mobility, body, cultural, social and economic - which make it possible to acquire agency and autonomy in life course and sex work. Thus, different corporeal biographies correspond to different types of (i)mobility to/from Europe which, in turn, give visibility to different forms of inequality present on the European continent. The accumulation of economic capital that different experiences of (i)mobility provide, will give access to different biotechnologies of body transformation convertible into unequal forms of body capital, all of them, however, converging to the ideal of the embodiment of the European. The difficulties faced at the country of origin related to class inequalities and/or structural transphobia and representations of abjection to the body are thus re-signified throughout the experiences in Europe. This results in the acquisition of symbolic capital which recognition involves, to a large extent, the embodiment of resources and symbols associated with the representations of glamour and luxury attributed to the European experience.eng
ProveniênciaSubmitted by Emerson Pessoa (emerpessoa@yahoo.com.br) on 2024-04-25T01:03:29Z No. of bitstreams: 1 ULSD883964_td_Emerson_Pessoa.pdf: 2389512 bytes, checksum: 756108d958380cf893418d9b6646298c (MD5)eng
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RegiãoNortepor
ResumoEsta tese busca compreender a construção de biografias corporais e de patrimônios de disposições de trabalhadoras do sexo trans e travestis brasileiras em mobilidade para Portugal e/ou no continente europeu. Por meio de entrevistas compreensivas e teoricamente orientado por uma Sociologia à escala individual e do corpo, analiso as disposições para a modificação do corpo e de produção do Eu produzidas no decorrer de trajetórias de vida que transitam por contextos sociais, geográficos e históricos distintos. A excorporação da identidade de gênero feminina visibiliza, desde cedo, no percurso de vida destas pessoas, os dispositivos de normatização da cisheteronormatividade e as representações de abjeção associadas às corporalidades e subjetividades das interlocutoras. Neste sentido, começo por apreender como a assunção social de marcadores corporais de feminilidade se entrelaça com as desigualdades de classe e suporte familiar, de racialização e etárias/geracionais que impactam na construção das biografias corporais e nos processos de subjetivação. A mobilidade para Europa é percebida como um dos pontos de viragem mais marcantes dos percursos de vida destas pessoas, ao propiciar distintas experiências de sociabilidade na vida pública e nos campos prostitucionais. A mobilidade transnacional altera também os patrimónios de disposições que orientam os projetos de corpo subjacentes a diferentes expressões de gênero e de distintas práticas sexuais. A circulação pelo continente europeu colabora na elaboração de estratégias do trabalho do sexo que possibilitam a acumulação de capital econômico e a obtenção de uma posição de poder nos territórios do trabalho sexual. Os trânsitos corporais e geográficos evidenciam, portanto, processos de acumulação e conversão de capitais vários – de mobilidade, corporal, cultural, social e econômico - que viabilizam a aquisição de agência e autonomia nos percursos de vida e no trabalho sexual. Assim, diferentes biografias corporais correspondem a diferentes tipos de (i)mobilidade para/pela Europa que, por sua vez, dão visibilidade a diferentes formas de desigualdade presentes no continente europeu. A acumulação de capital econômico que as diferentes experiências de (i)mobilidade proporciona, vai dar acesso a diferentes biotecnologias de transformação do corpo convertíveis em formas desiguais de capital corporal, todas elas, contudo, convergindo no ideal da encarnação da europeia. As dificuldades do país de origem relacionadas às desigualdades de classe e/ou à transfobia estrutural e representações de abjeção sobre o corpo são, assim, ressignificadas ao longo das vivências na Europa, resultando na obtenção de capital simbólico cujo reconhecimento passa, em larga medida, pela encarnação de recursos e símbolos conotados com as representações de glamour e luxo atribuídas à experiência europeia.por
Agência de financiamentoAssociação Internacional de Ciências Sociais e Humanas de Língua Portuguesapor
Formatoapplication/pdf*
CitaçãoPessoa, Emerson R. de A. Encarnando a europeia: biografias corporais, (i)mobilidades e subjetividades de trabalhadoras do sexo trans e travestis em Lisboa. 2020. 303 f. Tese de doutoramento (Sociologia). OpenSoc: Sociologia (Conhecimento para sociedades abertas e inclusivas), Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa, 2020.por
URIhttps://deposita.ibict.br/handle/deposita/616
Idiomaporpor
InstituiçãoUniversidade de Lisboapor
PaísPortugalpor
DepartamentoInstituto de Ciências Sociaispor
ProgramaOpenSoc: Sociologia conhecimento para sociedades abertas e inclusivas.por
Tipo de acessoopenAccesspor
Palavra Chave: Brazilian trans women and travestiseng
Palavra ChaveCorporeal biographieseng
Palavra ChaveSociology on an individual and body scaleeng
Palavra ChaveTransnational mobilityeng
Palavra ChaveSex workeng
Palavra ChaveMulheres trans e travestis brasileiraspor
Palavra ChaveBiografias corporaispor
Palavra ChaveSociologia à escala individual e do corpopor
Palavra ChaveMobilidade transnacionalpor
Palavra ChaveTrabalho sexualpor
Área de conhecimento CNPqSociologiapor
Área de conhecimento CNPqOutras Sociologias Específicaspor
TítuloEncarnando a europeia: Biografias corporais, (i)mobilidades e subjetividades de trabalhadoras do sexo trans e travestis em Lisboapor
TipoTesepor

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