O território usado entre manifestações culturais e firmas transnacionais: O caso da territorialidade da monocultura do arroz na região dos Eixos Rodoferroviários - Maranhão (Brasil)

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A presente pesquisa se propôs analisar a territorialidade e reterritorialidade da monocultura do arroz na região dos Eixos Rodoferroviários (centro-norte maranhense), com vistas à demonstrar a importância dos estudos da territorialidade dos fenômenos sociais, ao abordar os aspectos essenciais para se explicar a reterritorialização e a recomposição social. Para se chegar a compreensão das realidades pesquisadas, buscouse uma aproximação com a abordagem qualitativa, tendo como procedimento metodológico o estudo de caso. Deste modo, na área em tela, verificou-se que as metamorfoses territoriais foram intermediadas pelo Estado, principalmente através da adoção de modelos de desenvolvimento para as diferentes agriculturas, com políticas públicas direcionadas, incluindo-se as de crédito, infraestrutura e logística, a favorecer grupos empresariais e, assim, configurar uma agricultura patronal opositora a familiar/campesina. No escopo da investigação se retrata a importância da rizicultura na apropriação/modificação espacial, contemplando diferentes tempos e escalas, mas, sobretudo, enfocando o período de 1970 a 2018, quando se observa a expansão e retração na produção desse cereal, seguindo a lógica capitalista. Até os anos 1980, a região investigada chegou a ser uma das maiores produtoras de arroz do Brasil, mas retraiu nas décadas seguintes e atualmente tem cerca de 90% de sua produção controlada e comercializada por uma empresa transnacional. A modernização dos meios de produção na agricultura provocou impactos nos espaços agrários, com reflexos nos usos do território, e foi, portanto, pautado no afastamento dos modos tradicionais de produção, em favor do moderno e mecanizado, que se processou o desenvolvimento da rizicultura nos Eixos Rodoferroviários, criando e/ou agravando problemas das mais diversas ordens (fundiários, laborais, urbanos, sociais, etc.). A acumulação capitalista e a vigência dos mecanismos institucionais mantém a conformidade da sociedade no status quo, compondo ‘‘geografias’’ que permanecem nas áreas periféricas, onde se fazem necessárias intervenções, nomeadamente, por meio de programas de regulação.

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VIANA, W. C. O território usado entre manifestações culturais e firmas transnacionais: o caso da territorialidade da monocultura do arroz na região dos Eixos Rodoferroviário – Maranhão (Brasil). Porto. 2021. Tese (Doutorado em Geografia) - Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Porto, 2021.

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