Diversidade genética de populações selvagens de Brycon melanopterus (Cope, 1871) da bacia Amazônica

Resumo

A composição da fauna de água doce brasileira é particularmente muito diversa e muitas das espécies de peixes que a compoes não são encontradas naturalmente fora da América do Sul, principalmente quando se trata de Amazônia. Essa diversidade abrange um número elevado de estoques naturais e estes vem sofrendo com a captura desordenada. A espécie Brycon melanopterus, conhecida como jatuarana, matrinxã no Brasil e Sabalo negro e yamú na Colômbia, é uma espécie de peixe amazônico com grande importância comercial, seja pela apreciação de sua carne pelo mercado consumidor ou até como uma das espécies de comportamento agressivo quando capturada por praticantes da pesca esportiva. Esta espécie ocorre principalmente na região da Amazônia central onde existe uma intensa exploração dos estoques naturais. Este estudo tem como objetivo caracterizar geneticamente as populações selvagens de B. melanopterus na bacia amazônica. As amostragens foram realizadas em afluentes da bacia amazônica próximo aos municípios de Santarém e Óbidos situados no estado do Pará, Laranjal do Jari localizado no estado do Amapá, Manaus e Tefé localizados no estado do Amazônas e Letícia localizado no departamento Amazonas na Colômbia. Os exemplares coletados foram armazenados para realizar a extração de DNA com posterior amplificação da região controle (D-Loop) do genoma mitocondrial (mtDNA) e sequenciamento. As populações em estudo mostraram-se estruturadas geneticamente, seus indices de diversidade genética são considerados elevados quando comparados com outros trabalhos utilizando a região D-loop do mtDNA, ocorreu uma elevada diferenciação genética entre as amostras oriundas de Leticia e Laranjal do Jari, locais extremos de captura, suportado peles resultados de FST e árvore de haplótipos. Portanto, o presente trabalho proporcionou informações suficientes para indicar que a variabilidade genética para esta espécie está elevada quando comparada com outros estudos e um padrão não homogeneo de diferencaição entras os locais amostrados. O estudo aponta indícios para que as politicas de manejo e conservação da B. melanopterus devem considerar a existencia de pelo menos duas unidades evolutivas coexistindo nos tributários da bacia amazonica, oferencendo perspectivas para a utilização de diferentes marcadores moleculares que venham corroborar com as informações obtidas.

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