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https://deposita.ibict.br/handle/deposita/356
Tipo do documento: | doctoralThesis |
Título: | Traços da Libras no papel e na memória |
Autor: | FIGUEREDO DE FREITAS, Isaac |
Orientador: | ROSSI STUMPF, Marianne |
Primeiro membro da banca: | CLÁUDIA DE SOUZA, Ana |
Segundo membro da banca: | QUINTO-POZOS, David |
Terceiro membro da banca: | Campos Wanderley, Débora |
Quarto membro da banca: | VENÂNCIO BARBOSA, Felipe |
Resumo: | RESUMO Esta tese é o resultado de um estudo doutoral que buscou investigar o possível potencial metalinguístico e evocativo da ortografia Sutton (escrita SignWriting) em pessoas adultas não surdas aprendizes iniciantes da Libras como segunda língua no processo de recuperação de componentes lexicais e sintáticos. Toma como articulador teórico interdisciplinar a Psicolinguística, que ramifica diálogos com a Linguística Aplicada, com a Linguística Descritiva e com a Psicologia Cognitiva, notadamente nas teorias atinentes à memória e à evocação. No que respeita à metodologia, é um trabalho cuja técnica de obtenção dos dados é experimental, mediante a aplicação de dois experimentos: um experimento de evocação lexical – com foco nos sinais bimanuais simétricos e assimétricos da Libras – que contou com 4 colaboradores do Grupo Controle e 5 do Grupo Experimental; e um experimento de evocação de estrutura sintática – com enfoque em estruturas de superfície de sentenças interrogativas do tipo QU e polares do tipo Sim/Não – que contou com 2 colaboradores do grupo controle e 5 do grupo experimental. Em ambos os experimentos foram usados como estímulos dicas de evocação verbais em formato de glosa – para o Grupo Controle – e em otografia Sutton – para o Grupo Experimental. Os dados analisados sugerem que a ortografia Sutton apresenta potencial evocativo e metalinguístico nos aprendizes pesquisados. Ademais, a escrita Sutton parece favorecer a evocação dos sinais bimanuais simétricos com movimento simultâneo ao passo que a escrita por glosas parece favorecer a evocação dos sinais bimanuais assimétricos. Adicionalmente, aprendizes expostos à escrita Sutton esboçaram comportamento reiterado de tentativa de decifração grafêmica durante o experimento de evocação lexical, algo que não ocorreu com o Grupo Controle, um possível indício do estímulo dessa escrita à consciência fonêmica dos indivíduos. Há indícios, nos resultados do experimento de evocação de estrutura sintática, de que as estruturas de superfície das sentenças interrogativas polares do tipo Sim/Não parecem levar mais tempo para serem lidas, com um tempo mais breve para a recuperação de estruturas interrogativas QU, porém não é possível traçar uma tendência estatística segura sobre esse achado. Ademais, os participantes do Grupo Experimental realizaram evocação de estruturas sintáticas interrogativas compatíveis com 14 sentenças interrogativas – 7 do tipo Sim/Não e 7 do tipo QU – de um total de 20 sentenças passíveis de evocação. Esse dado parece consistente em indiciar o potencial da ortografia Sutton em propiciar aos aprendizes de Libras deste estudo a recuperação de estruturas sintáticas interrogativas a partir de dicas textuais de superfície. A pouca quantidade de colaboradores nos experimentos conduzidos neste estudo, contudo, recomenda cautela, pois os dados numéricos obtidos não permitem chegar a conclusões definitivas e nem traçar tendências estatísticas com resultados generalizáveis, o que enseja a necessidade de estudos mais abrangentes, quiçá longitudinais, com uma amostragem quantitativamente mais representativa. Palavras-chave: Ortografia Sutton. Leitura em L2. Consciência fonêmica. Consciência (metas)sintática. |
Abstract: | ABSTRACT This dissertation is the result of a doctoral study that investigated the possible metalinguistic and evocative potential of Sutton orthography (SignWriting) in non-deaf adult people beginning to learn Libras (Brazilian Sign Language) as a second language in the process of recovering lexical and syntactic components. It takes Psycholinguistics as an interdisciplinary theoretical articulator, which ramifies dialogs with Applied Linguistics, Descriptive Linguistics, and Cognitive Psychology, notably in theories related to memory and evocation. As for the methodology, it is a study with experimental data collection through two experiments: a lexical evocation experiment focusing on Libras’ symmetrical and asymmetrical bimanual signs, which had four subjects in the Control Group and five in the Experimental Group; and a syntactic structure evocation experiment focusing on the surface structures of Wh- questions and Yes/No polar sentences, which had two subjects in the Control Group and five in the Experimental Group. In both experiments, verbal evocation tips were used in gloss format—for the Control Group—or in Sutton orthography—for the Experimental Group. The analyzed data suggested that the Sutton orthography had evocative and metalinguistic potential in the researched learners. Furthermore, Sutton writing seemed to favor the evocation of symmetrical bimanual signs with simultaneous movement, while glossing writing seemed to favor the evocation of asymmetrical bimanual signs. Additionally, learners exposed to Sutton writing presented a repeated behavior of graphemic decipherment attempts during the lexical evocation experiment, something that did not occur in the Control Group, a possible indication that this writing stimulated the phonemic awareness of the participants. The results of the syntactic structure evocation experiment evidenced that the surface structures of the Yes/No polar interrogative sentences seemed to take longer to be read, with a shorter time to recover Wh- questions; however, it was not possible to outline a reliable statistical trend in this finding. Furthermore, the participants in the Experimental Group evoked interrogative syntactic structures compatible with 14 interrogative sentences—7 of the Yes/No type and 7 of the Wh- type—out of a total of 20 sentences that could be evoked. This finding seems consistent in indicating the potential of Sutton orthography in providing Libras learners in this study with the recovery of interrogative syntactic structures from surface textual clues. However, caution should be taken due to the small number of participants in the experiments conducted in this study, as the numerical data obtained do not allow definitive conclusions nor the outline of statistical trends with generalizable results. This gives rise to the need for more comprehensive studies, perhaps longitudinal in nature, with a quantitatively more representative sample. Keywords: Sutton orthography. L2 Reading. Phonemic awareness. Metasyntactic awareness. |
Palavras-chave: | Linguística. Ortografia Sutton. Leitura em L2. Consciência fonêmica. Consciência (metas)sintática. Linguistics. Sutton orthography. Reading in L2. Phonemic awareness. Metasyntactic awareness. |
Área(s) do conhecimento: | Linguística, Letras e Artes Linguistics, Letters and Arts |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal de Santa Catarina |
Departamento: | Centro de Comunicação e Expressão da UFSC |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSC |
Citação: | FREITAS, Isaac Figueredo de. Traços da Libras no papel e na memória. 2021. 298 fls. Tese (Doutorado em Linguística) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2021. |
Tipo de acesso: | openAccess |
URI: | https://deposita.ibict.br/handle/deposita/356 |
Data de publicação: | 2021 |
Aparece nas coleções: | Sul |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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PLLG0851-T.pdf | Arquivo em PDF da tese entregue e armazenada no repositório da UFSC. | 19,7 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
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