Navergar-se, o pequeno teatro de ser: a autoconsciência como método
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Ano de publicação
2004
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Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo
E se invertêssemos? “Suponhamos que tudo, em vez de ser feito de átomo, matéria, fosse feito de consciência. O que aconteceria neste caso?” (GOSWAMI, 1993, p. 26). Que ciência, cultura e educação teceríamos? É essa reflexão que a presente dissertação pretende desenvolver: “Navegar-se, o pequeno teatro de ser. A autoconsciência como método”. Meu objetivo, ao refletir sobre a consciência como “tecedora de tudo o que há”, foi expressar a relação entre Ser/Viver e (Se) Conhecer por meio da vivência da ciência milenar do Tantra Yoga, conforme proposto por Sarkar. Esse percurso dialoga com a biologia do amor de H.
Maturana, a transdisciplinaridade de B. Nicolescu e a física quântica de A. Goswami, vertentes que não separam vida, sociedade, política, arte, ciência e espiritualidade de suas produções acadêmicas. O objeto deste trabalho, portanto, não está dissociado do sujeito nem da vida, pois a autoconsciência foi observada como método de pesquisa do ser humano que se aventura a conhecer a si mesmo e o mundo. Analisa-se, assim, o efeito do autoconhecimento – que é simultaneamente produzido e produtor da autoconsciência – sobre o próprio sujeito e seu entorno, num processo recursivo e eterno de desvendamento e cocriação. A abordagem sistêmica desta dissertação transformou seu próprio resultado: a experiência de saborear a autoconsciência – gerada e geradora de autoconhecimento – e suas implicações na emoção, que, segundo Maturana, funda o social e o amor. Assim, o trabalho tornou-se uma peça de teatro, na qual o jogo de relações entre a multidimensionalidade do ser/viver e o outro (seja ele um sujeito ou o entorno) se expressa em personagens em busca de si mesmos.