O Brasil hespérico e a bela morte de Fernão de Sá no De Gestis Mendi de Saa de José de Anchieta S. J.
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Ano de publicação
2007
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Instituição
Programa de Pós-graduação em Letras Clássicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Resumo
Este trabalho consiste na análise do poema épico De Gestis Mendi de Saa, obra novilatina quinhentista brasileira, cuja autoria, conforme lição do Pe. Armando Cardoso, S. J., é confirmada como de Anchieta. Valemo-nos para este fim do texto estabelecido por Cardoso, a partir da Editio de 1563 de Coimbra e do manuscrito de Algorta, assim como da edição fac-símile da primeira edição do poema, a Editio impressa, em 1563, em Coimbra, publicada recentemente pela Fundação Biblioteca Nacional. Em nossa análise articulamos a épica virgiliana em relação ao mito hespérico e a reinscrição deste ciclo mítico no De Gestis, demonstrando como o mito da Hespéria, segundo a fundação de Roma narrada na Eneida, é, no humanismo, resgatado como cenário épico do Brasil do século XVI. Ademais, traduzimos a saga de Fernão de Sá, filho de Mem de Sá, parte integrante do livro I, um belo exemplo do tópos clássico da pulchra mors.